PESQUISA TRIBUTÁRIA

quarta-feira, 28 de abril de 2010

PF desvenda esquema de fraude em agência do INSS de Guarulhos

Treze pessoas foram presas, entre elas um servidos e um delegado.
Funcionário vendia benefícios fraudados por R$ 4.500.


Em Guarulhos, a Polícia Federal desmontou um esquema de fraude numa agência da Previdência Social. Treze pessoas foram presas, entre elas um servidor do INSS e um delegado da Polícia Civil.

Quatro meses de investigação revelaram o golpe milionário na agência do INSS em Guarulhos. Lá, um funcionário vendia benefícios fraudados, o auxílio doença, sempre com valor perto do teto da previdência, que é de R$ 3.400.

“Nós vimos que a concessão em Guarulhos estava muito elevada com relação ao restante do Estado e também ao Brasil. Vimos que existia uma distorção nessas concessões”, afirma Neusa Peixoto Campos, assessora do Ministério da Previdência Social.

O valor da fraude ainda não foi calculado, mas o levantamento feito durante 45 dias mostrou que, só nesse período, foram concedidos 300 benefícios ilegais, um prejuízo de mais de R$ 9 milhões para a Previdência.

Para realizar a fraude, o servidor instalou um programa que copia senhas nos computadores usados pelos médicos peritos. Nos horários em que eles não estavam trabalhando, de manhã e à noite, ele acessava o sistema e concedia o benefício. A confiança era tão grande que, antes de ser preso, ele repetia esse processo 30 vezes ao dia.

Cada segurado pagava R$ 4.500 pelo beneficio, sendo que R$ 1.500 ficavam com os intermediadores, que faziam contato com os segurados interessados na fraude, e R$ 3.00 ficavam com o servidos do INSS.

“Em um prazo de pouco tempo ele conseguiu acumular uma grande fortuna, que investiu em propriedades, bens, veículos e, inclusive, em uma empresa que ele constituiu no interior de São Paulo", conta o delegado da Polícia Federal Vagner Santana da Veiga.

A PF apreendeu os veículos e conseguiu na justiça o bloquieo de contas bancárias e propriedades. Treze pessoas foram presas, entre elas o servidor do INSS e um delegado da Polícia Civil que dava segurança à quadrilha.

Os 300 benefícios já identificados como fraudulentos vão ser suspensos, e os segurados, investigados.

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